A Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais do Brasil (CPRM), em janeiro de 2023, revelou que Mato Grosso do Sul possui a maior reserva de calcário do país. Segundo o levantamento, a produção estadual de calcário saltou de 2,9 milhões de toneladas em 2016 para impressionantes 7,1 milhões de toneladas em 2022, marcando um crescimento de 144%. Esse aumento significativo na produção resultou em uma arrecadação de R$ 9 milhões pela Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) no último ano.
A ambição do estado é atingir a autossuficiência na produção de calcário calcítico e dolomítico, suprindo 100% da demanda local. As rochas calcárias são extremamente versáteis, com aplicações que variam desde a construção civil, onde são utilizadas em blocos e agregados, até indústrias de vidro, siderúrgica, cimento, cal, corretivos de solos e rochas ornamentais.
O calcário é um mineral essencial para diversas indústrias. Suas utilizações incluem a produção de cimento e cal, brita, e são cruciais para setores como metalurgia, química, tintas e, principalmente, o agronegócio.
No agronegócio, o calcário é fundamental para a correção da acidez do solo, crucial para a produção de grãos e pastagens. Os solos de Mato Grosso do Sul são predominantemente ácidos, tanto por natureza quanto pelo uso contínuo e sistemas de irrigação. Embora as culturas tolerem a acidez, a neutralidade do solo maximiza a produtividade das plantas.
A prática de calagem, que envolve a aplicação de calcário para corrigir a acidez do solo, é uma técnica essencial para melhorar a fertilidade do solo. O calcário, sendo economicamente viável e eficaz, neutraliza elementos tóxicos e fornece cálcio e magnésio, nutrientes essenciais que tornam o solo mais produtivo.
Assim, Mato Grosso do Sul não só lidera em reservas, mas também demonstra um crescimento robusto e sustentável na produção de calcário, reforçando sua importância no cenário nacional de recursos minerais.